Algumas séries de fantasia chegam com grandes expectativas e acabam não recebendo a atenção ou o sucesso esperado. Porém, isso não significa que não tenham valor. Algumas tramas possuem mundos ricos e personagens intrigantes que só precisam de um olhar mais atento para serem devidamente apreciadas. Abaixo, listamos algumas séries de fantasia que merecem uma segunda chance e que podem ser a próxima maratona perfeita para quem gosta de explorar universos fantásticos.
1. Carnival Row
Carnival Row traz uma combinação de fantasia e mistério, situada em uma cidade vitoriana habitada por criaturas mitológicas como fadas e faunos, que vivem à margem da sociedade. A trama acompanha Rycroft Philostrate (Orlando Bloom), um detetive humano que investiga uma série de assassinatos misteriosos, e Vignette Stonemoss (Cara Delevingne), uma fada que se envolve em uma perigosa conspiração. Apesar de ter sido lançada com grande expectativa, a série não conquistou tanto o público quanto esperado, mas é uma experiência visual única, com uma narrativa que aborda preconceitos e exclusão de forma intrigante.
Por que dar uma segunda chance? O mundo de Carnival Row é ricamente construído e a série explora temas sociais que ressoam com o público atual. A produção é impecável e traz discussões sobre preconceito e diversidade que valem a maratona. Além disso, a segunda temporada promete desenvolver ainda mais esses temas, o que pode surpreender quem desistiu no início.
2. The Witcher
Quando The Witcher foi lançada, ela imediatamente dividiu a opinião dos fãs e críticos. A série, inspirada nos livros de Andrzej Sapkowski e popularizada pelos jogos, apresenta o caçador de monstros Geralt de Rívia (Henry Cavill) em um mundo sombrio e mágico. O enredo inicialmente não-linear e a adaptação das histórias dos livros para o formato de série confundiram alguns espectadores. Porém, a riqueza dos personagens e a complexidade do universo criado por Sapkowski são aspectos que merecem um olhar mais cuidadoso.
Por que dar uma segunda chance? Apesar das críticas iniciais, The Witcher constrói uma trama envolvente à medida que os episódios avançam. Para quem ama histórias com anti-heróis, política e monstros sobrenaturais, vale a pena insistir, especialmente com as novas temporadas trazendo um ritmo mais linear e focado no desenvolvimento dos personagens principais.
3. His Dark Materials
His Dark Materials é baseada na trilogia homônima de Philip Pullman e explora um universo onde cada pessoa tem um daemon — uma manifestação física de sua alma em forma animal. A protagonista, Lyra Belacqua (Dafne Keen), embarca em uma aventura cheia de mistério e perigo, onde confronta organizações poderosas e segredos obscuros. Apesar de não ter tido um sucesso explosivo, a série é uma adaptação fiel e ambiciosa dos livros, com uma produção visual belíssima e temas complexos sobre religião e liberdade.
Por que dar uma segunda chance? A série aprofunda questões filosóficas e traz uma narrativa cheia de simbolismos e questionamentos sobre controle e autodescoberta. Se você é fã de ficção com um toque de crítica social e uma narrativa de amadurecimento, His Dark Materials tem o potencial de ser uma experiência única e impactante.
4. Penny Dreadful
Penny Dreadful pode não ser uma série de fantasia no sentido clássico, mas mistura elementos sobrenaturais e personagens de clássicos da literatura gótica, como Frankenstein e Drácula. A série combina horror e fantasia para criar uma atmosfera sombria e misteriosa, centrada em Vanessa Ives (Eva Green), uma mulher assombrada por forças malignas. Embora tenha recebido elogios pela atuação e pelo visual, o ritmo e o enredo sombrio afastaram alguns espectadores.
Por que dar uma segunda chance? Penny Dreadful é uma obra-prima visual com atuações excepcionais, especialmente de Eva Green. A narrativa densa e os personagens complexos criam uma atmosfera única que explora os limites do horror e da fantasia. Vale a pena revisitar a série para uma experiência que mistura suspense, drama e uma estética gótica impecável.
5. Shadow and Bone
Adaptada dos livros de Leigh Bardugo, Shadow and Bone apresenta um universo onde a magia, chamada de “Poderes dos Grishas”, está em guerra. A protagonista, Alina Starkov (Jessie Mei Li), descobre ser uma “Conjuradora do Sol”, a única capaz de destruir a misteriosa e mortal Dobra das Sombras. Apesar de ter sido bem recebida pelos fãs dos livros, a série teve um início um tanto desafiador ao tentar adaptar vários arcos de personagens diferentes ao mesmo tempo.
Por que dar uma segunda chance? Com personagens carismáticos e um universo interessante, Shadow and Bone merece uma segunda oportunidade pela construção de mundo detalhada e pelos protagonistas com desenvolvimento interessante. Se você gosta de fantasia com intrigas políticas e romances complicados, essa é uma série para acompanhar, especialmente com a promessa de expandir o universo nas próximas temporadas.
6. American Gods
Baseada no livro de Neil Gaiman, American Gods explora a luta entre os deuses antigos e os novos deuses modernos, como Mídia e Tecnologia. O protagonista, Shadow Moon (Ricky Whittle), é arrastado para uma batalha épica ao lado de Mr. Wednesday (Ian McShane), em uma trama que questiona a fé e o poder em uma era moderna. A série começou com críticas divididas devido ao ritmo e algumas mudanças criativas ao longo das temporadas, mas permanece um espetáculo visual e narrativo único.
Por que dar uma segunda chance? American Gods é uma série visualmente impressionante com diálogos poéticos e atuações de peso. A trama aborda temas de identidade e crença que são intrigantes e provocativos, especialmente para os fãs de mitologia. Apesar dos altos e baixos nas temporadas, é uma experiência que vale a pena para quem aprecia narrativas complexas e um estilo cinematográfico diferente.
Explore o Potencial das Séries de Fantasia
Essas séries podem não ter sido unanimidade, mas possuem conceitos e universos ricos que merecem atenção. Se você gosta de histórias que desafiam a imaginação e trazem temas profundos, dê uma chance a essas produções e descubra o que elas têm a oferecer. Afinal, o que é a fantasia senão uma oportunidade de nos perdermos em outros mundos?